por Cayo Honorato

pulsões, soluços, pulsações, espasmos,
relance sem trégua de varetas e dados,
quebra-cabeças dispersando a casa
onde se foi brincar, pobre jonas,
a cidade nauseia, nos traga,
mas compele a agir,
por esse murmúrio d’água, barulho
do fluxo interno, memória
de uma intensidade,
pois não basta fechar os olhos.

circunstancialmente,
impossível não ver suas imagens
na ressaca de tantos terremotos.

querida lucimar,
poesia vazante,
grande abraço,

Cayo Honorato

04.03.2010